Agentes assimilam discurso hawkish do FED e elevam demanda por prêmio de risco
Os mercados iniciam a semana em meio a repercussões do pronunciamento da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, que, na última sexta-feira, proferiu um discurso claramente hawkish, reforçando a interpretação sobre a ata do Fomc publicada na semana anterior, orientada a um aumento nas taxas de juros norte-americanas.
Apesar das polêmicas em torno da questão, no entanto, a probabilidade implícita de alta do juro dos EUA, calculada a partir dos FED Funds, atingiu 59% para a elevação da taxa básica na reunião do Fomc de 27/07 (mas ainda com expectativa de manutenção do juro na próxima reunião, em 15/06).
Neste cenário, o mercado de juros doméstico retomou a exigência de maiores prêmios de risco, elevando as principais referências da renda fixa, conforme indicado na alta das curvas do DI futuro, NTN-B e FRA Cambial (vide gráficos), como resultado do aumento da pressão sobre a paridade descoberta das taxas de juros.
Paralelamente, cabe registrar que o CDS Brasil de 5 anos, neste momento, não reflete melhoria na percepção de risco, permanecendo acima do suporte de 330 pontos, entre cotações na linha dos 350 pontos.
Confira no anexo a íntegra do estudo sobre o comportamento do mercado de Renda Fixa, em uma visão de 30.05.2016, elaborado por RENATO ODO, CNPI-P, e JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, ambos da equipe de analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS